Olá galeras!

Continuando uma parte do tema do post anterior - e se você não leu, a hora é AGORA! (Clica aqui) - vim falar sobre as temidas FOTOS PROTOCOLARES.

Mas antes de ir direto ao ponto, preciso falar sobre meu cronograma, passo a passo e porque fazer desta forma para que essas fotos não se tornem o momento chato da sua festa.

Se você pensa que as fotos acontecem ao acaso e "na hora que dá", está é muito enganado!

Existe todo um cronograma infalível que eu tento seguir - porque nem sempre dá, né? rs - para não faltar nadinha. E antes de começar a dizer como eu faço, preciso reforçar que essa é a maneira como EU faço. Não se pode esperar que todos os profissionais trabalhem da mesma forma, uma vez que cada um cria seus métodos.

Já no contrato deixo informado que chego com antecedência mínima de 15 minutos do horário agendado com os convidados para o início do evento...

Esse é o tempo que tenho para me organizar, reconhecer o local, montar equipamento, fazer testes de iluminação e fotografar a decoração completa antes da chegada dos convidados.

Sempre peço com carinho para que os responsáveis cheguem com a criança com essa mesma antecedência ou que pelo menos não se atrasem, uma vez que nesses 10 primeiros minutinhos da festa, eu faço as fotos protocolares do aniversariante com e sem seus responsáveis.

Outro ponto importante a ser reforçado é que desde novos somos ensinados que existe um "momento específico" para fazer fotos e geralmente esse momento é exatamente aquele mais divertido em que estamos entretidos e alguém fala: Olha pra cá! Dá um sorriso! Diga XIIIIIS! Olha pra mim!

E com isso, crescemos com o entendimento que fotografia é interrupção, já que devemos sempre parar na hora mais legal, olhar para uma câmera e sorrir.

Devemos - URGENTEMENTE - parar com essa cultura e entender que nenhuma foto forçada vale a lembrança daquele momento, já que ele não está sendo espontâneo e divertido pra quem participa. Sendo assim, esqueçam esse discurso de "quando chegarmos, você VAI fazer as fotos senão não vai brincar!".

Isso não pode ser uma CONDIÇÃO! Não devemos colocar em cheque "um ou outro".

Enquanto recompensas forem oferecidas em troca de uma foto, a ideia de que foto é uma coisa muito chata será reforçada. Ao invés de oferecer recompensas, permita que o momento da foto seja tão legal quanto a própria brincadeira.

Por isso também a importância de tentar - TENTAR - fazer todas essas fotos protocolares ainda no começo e sem convidados... A criança ainda não recebeu os estímulos dos brinquedos e nem dos amiguinhos e com isso, não estaremos tirando ela de um momento divertido para fazer fotos posadas.

Voltando ao início da festa, nesses 10 primeiros minutos de fotos protocolares, faço as fotos individuais de seus responsáveis, em separado mesmo.

Ter a família reunida é sempre um presente... ter uma foto com os pais/responsáveis juntos é essencial, mas porque não cada um ter uma foto sozinho com a criança, pra colocar no fundo de tela do computador e celular, no contato do whatsapp ou presentear os avós? Também para aqueles que não são mais um casal (ou nunca foram), ter uma foto sozinha é importante.

Outro ponto é: Quanto menor a criança, maiores chances de ser mais apegada à mãe. Isso porque a maternidade nos primeiros meses - talvez anos - é muito mais presente até mesmo por conta da amamentação.

Sendo assim, começo geralmente pelos PAIS.

O primeiro contato da criança comigo nem sempre é surpreendente e é totalmente compreensível. Cada criança tem seu tempo de entender e interagir com a situação, então é melhor que ela "termine" essa primeira sessão de fotos com aquela pessoa que ela se sente mais segura e confortável.

Por isso, minha ordem dessas primeiras fotos é: Pai - pais - mãe. (Dadas aqui as devidas organizações familiares múltiplas).

Na sequência e entendendo se a criança continua confortável com a situação, faço as fotos dela sozinha, com avó, padrinhos e/ou convidados especiais (volta ao post anterior para entender clicando aqui!).

Respeitar a criança é muito importante para que ela continue me aceitando até o final da festa.

Não force!!!

Cada tentativa frustrada nessa hora é uma foto a menos depois. Façamos as fotos com os demais parentes e amigos no decorrer da festa, com a conscientização do que falamos anteriormente... que estejamos dentro da brincadeira e que as fotos aconteçam naturalmente, não exigindo que a criança pare de brincar para sorrir forçada e parada em uma foto.

Parece longo e trabalhoso, mas não é! EU GARANTO!

Esse processo é super rápido e você não vai se arrepender.

Cada criança é ÚNICA e não existe fórmula, mas quando entendo as necessidades e particularidades de cada uma, fica muito mais fácil de me tornar amiga delas - e eu já fiz muitos mini amigos!

Fica aí o treinamento pré-festa: As fotos fazem parte da brincadeira e é meu dever transformar esse momento em algo divertido! Não condicionem situações boas em troca de fotos.

E se ainda assim, depois de todas as tentativas, a criança não quiser interagir com a foto, não olhar, não sorrir, ACOLHEREMOS!

É muito mais difícil para ela que para nós, o entendimento da situação. Deixe ficar na memória deste dia, somente as fotos espontâneas dela brincando com os amigos e nosso olhar de longe, cuidadoso e generoso com o instante.

E ai? Fez sentido pra você? Conseguiu entender a importância sobre a não recompensa e como fazer esse momento ser rápido e indolor?

Já passou por alguma situação semelhante ou completamente inusitada? Me conta!

Beijos e até a próxima!